Pomba-Gira da Calunga

A Pombagira da Calunga trabalha tanto no cemitério quanto na praia (calunga grande), e entre seus atributos, se destaca por atuar em questões de sofrimentos emocionais de quando a pessoa (ou a alma) não aceita o fim de uma situação. Seja o luto de uma relação amorosa, de um ente querido, de uma falência, da dor de ser traído por quem mais confiava, ou contextos passados nostálgicos.

Ela pode promover a cura e a justiça (se necessário) para tais situações. Seja auxiliando promovendo experiências e sabedoria, criando novas perspectivas, cortando vínculos arraigados nas memórias das pessoas que recorrem à ela. Quando a pessoa aceita a realidade como é, destrancam os caminhos para continuar evoluindo e se reinventando.

Em relações amorosas que se romperam, e uma das partes sofre profundamente, ela também pode reatar a relação, desde que se mostre como um caminho viável para curar a ferida da pessoa.

No seu ponto do mundo espiritual trabalha para favorecer o desprendimento emocional das almas que morreram sofrendo com as situações correlatas às mencionadas alhures, que se mantém presas ao mundo material por fortes descargas de suas dores sentimentais. E também, entre outras, com aquelas almas que não aceitam que morreram. Permitindo que elas prossigam aos próximos estágios de seus trânsitos.

Esse é um aspecto positivo muito interessante do mistério dessa entidade, mas saliento que sua atuação não se limita a ele.

Seu axé faz a memória dolorida estagnante se tornar aprendizado e expansão.

Laroye Pombagira da Calunga!

Mestre Jean

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